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3.11.13

Resenha: Insurgente - Veronica Roth

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Depois de passar algumas longas semanas tentando se tornar membro da Audácia – o que finalmente consegue , Tris Prior pensa que finalmente terá um pouco de paz, mas após uma noite de reviravoltas e perdas percebe que isso não acontecerá. Perdida, sem saber o que fazer ou para onde ir, e com uma culpa que ameaça destruí-la, a única coisa sobre a qual Beatrice tem certeza é seu amor por Four/Tobias. O final do primeiro livro da trilogia – Divergente – é inesperado e me deixou com uma sede de leitura pelo segundo, e após acabar de lê-lo não pude reclamar. Durante todo o livro há muita ação e acontecimentos essenciais para o desfecho da história.
Já no início da trama Tris, Tobias, Caleb, Marcus e Peter vão para a sede da Amizade, onde conseguem se refugiar por algum tempo, até que a situação fica insustentável e eles têm que fugir, e é quando alguns deles se separam. Tris e Tobias vão para a sede da Franqueza, onde encontram outros refugiados da Audácia, e são submetidos ao teste do soro da verdade, onde devem revelar seus maiores segredos.
Em meio à turbulência de acontecimentos, Tris se sente cada vez mais culpada por atos que é levada a fazer, e para piorar seu relacionamento com Tobias não está tão bem, os dois percebem que existem segredos e culpa demais entre eles, e a relação dos dois é ameaçada pela confiança – ou falta dela - que há entre eles.
Durante todo o livro percebi a mudança na personalidade da protagonista, que é transformada pelos acontecimentos em sua vida, algo totalmente natural após passar por perdas e provas de sua capacidade física e mental. E suas provações não acabam até o final do livro. Tris tem que passar por dores, testes, simulações e traições de pessoas que ela nunca imaginaria. Chega um momento em que ela não sabe em que realmente pode confiar.


Novos personagens são incrementados à história, e um dos mais relevantes são os sem-facção, pessoas que todos achavam ser sem importância, mas que através de uma líder, podem ser a salvação ou perdição da sociedade e das facções. Tris e Tobias devem decidir se confiarão neles, e o que fazer com relação à iminente guerra contra a Erudição. Tris está cada vez mais confusa e deve tomar uma decisão que mudará totalmente sua relação com Four.
O final da trama é extremamente chocante e me deixou frenética e louca pela continuação. Nunca ninguém poderia imaginar esse final, e gostei da forma como Veronica Roth conseguiu elevar a história a um novo patamar, deixando uma ótima abertura pra o terceiro e último livro da história. Consigo imaginar vários finais, mas provavelmente a autora irá novamente me surpreender, o que é muito bom para manter o interesse dos leitores.
Insurgente teve um tom bem mais sombrio do que o primeiro, todos os personagens tiveram que tomar decisões das quais não estavam tão certos, e todos eles revelaram uma coragem que não sabiam ter. Tobias continuou a ser o cara perfeito, cheio de confiança e que sempre sabe o que fazer nas situações de risco. Tris foi mudando durante o livro, novamente revelou coragem e compostura que não sabia ter, provou-se uma verdadeira divergente e alguém que não aceita ordens impostas.
Nem posso dizer o quanto gostei desse livro, teve uma sutileza ausente no primeiro, e pude perceber a evolução não só dos personagens, mas também da autora, que compôs um livro ainda melhor que o primeiro. A narrativa continuou consistente, e quando dei por mim já estava nas páginas finais da história (que me deixaram louca). Mal consigo esperar pelo último livro da trilogia - intitulado de Allegiant - que saiu a pouco tempo nos EUA e ainda vai ser lançado no Brasil, e lembrando mais uma vez que o filme do primeiro livro será lançado no próximo ano.
"A verdade costuma mudar os planos das pessoas."

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